sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Uma Noite de Paz (Música de Fruto Sagrado)

Você já esqueceu do aniversário de quem você ama?
Já esqueceu o nome de alguém que te ama?
Mas chega o fim do ano e é tudo igual,
Eu acho que vocês acham que eu sou débil-mental!
São mais de 300 dias debaixo da opressão
Medo da guerra, da bala perdida, medo do medo da solidão,
Eu vejo os shoppings lotados, ruas lotadas,
Avenidas decoradas por corações vazios...



Feliz Natal! Pra criança deixada na rua...
Noite Feliz! Pra'quele que não tem o que comer!
Feliz Natal! Pro pai desempregado...
Noite sem paz! Pra'quele que a morte veio ver!
Uma noite de paz! Uma noite...



Estava desconfortável, escuro e frio...
O cheiro dos animais invadia o curral
Onde a virgem Maria trouxe ao mundo
O Príncipe da Paz, o único capaz
De transformar o caos em harmonia,
A tempestade em calmaria,
Corações sujos como aquela estrebaria
Em um lindo shopping center decorado pro Natal...



Feliz Natal! O natal que muita gente esqueceu!
Noite Feliz! Pra quem ainda não veio pra festa!
Feliz Natal! O mundo é quem ganhou o presente!
Noite sem paz!
Pra quem esqueceu daquele que nunca te esqueceu!

Feliz Natal! Deixe-o nascer em seu coração!
Noite Feliz! O passado fica pra trás!
Feliz Natal! Você é o presente de Deus!
Noite de paz! A morte morreu de medo ao ver Jesus nascer!
Uma noite de paz! Muito mais que uma noite de paz!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

"Escolhi o caminho da verdade;propus-me a seguir as tuas ordenanças"(Sl.119:30)



A gente sempre ouve, fala, lê que ''a vida é feita de escolhas", que "a vida é determinada pelas escolhas que fizemos"...Realmente, nossas escolhas incidem diretamente em nossas vidas, definem o rumo que tomaremos em nossa existência. Deus, nosso Criador, em sua infinita sabedoria, dotou-nos da capacidade de escolher, não nos criou como seres autômatos, programados, e sem capacidade de escolher o que quer ser, fazer.Temos direito ao que, comumente, chamamos de ''livre arbítrio'' no concernente tanto as nossas escolhas maiores, específicas como quando escolhemos que profissão iremos seguir, que estilo teremos, de que grupo faremos parte, que comportamamento social adotaremos, como também em nossas  escolhas diárias quando escolho que roupa vestir, que perfume usar, que ônibus pegar, que música ouvir...escolhemos sempre, todo momento. Escolher é um verbo que conjugamos frequentemente em nosso dia, e estas escolhas determinam todo nosso proceder.

O salmista diz pra gente que fez uma escolha, que havia resolvido apostar suas fichas em seguir o caminho da verdade e as ordenanças divinas. Esta escolha do salmista , certamente, foi uma das escolhas que implicariam em mais coisas em sua vida, afinal se ele escolhe seguir os preceitos divinos, o caminho da verdade, toda a sua vida precisaria então ser norteada por isto. Foi uma escolha que definiu como ele deveria se portar em casa,como ele deveria se portar no grupo de amigos,que tipo de atividades sociais ele deveria ou não participar... afinal, ele havia optado pela verdade, pelo mandamento divino! Não havia então como ele ter escolhido o caminho da verdade e sair por ai com a cara mais lisa do mundo inventando estórias, contando vantagens, dando uma de que era o que não era, ou até sendo hipócrita negando o que ele era em sua essência, os seus valores,o que pensava , pra poder ser aceito pelo grupo, pra não ser visto como ''careta''!


Não, ele havia escolhido o CAMINHO DA VERDADE, e sabia em que isto implicava...sabia que deveria ser honesto, verdadeiro, autêntico, íntegro, defender seus valores espirituais e morais, seus ideais, sem importar-se se a galera iria achá-lo careta, "chatonildo", morgado ou não!! O salmista havia escolhido também seguir as ordenanças, os ensinos, divinos, sabia então que deveria ser influenciado pelo que Deus queria, pelo que era preceito divino...imagino então que ele não andava por aí se deixando levar por qualquer ideiazinha da hora, qualquer onda do momento...ele sabia o que era certo e errado, ele tinha base suficiente pra detectar certo e errado, sabia que não tem essa ondinha de que tudo é relativo..de jeito nenhum!!Ele havia feito a escolha, havia resolvido SEGUIR ORDENANÇAS DIVINAS, e compreendia claramente que já que havia feito esta escolha deveria honrá-la. 
 
A partir do momento que fazemos a mesma escolha que o salmista fez, de seguir o caminho da verdade e os preceitos divinos , todas as nossas outras escolhas devem necessariamente serem norteadas por isto, caso contrário seresmo individuos incoerentes, vivendo numa realidade dupla, o que não é nem um pouco legal, nem saudável! Se nossa escolha é igual a do salmista, se escolhemos  a Verdade , o Bem, a Fé,  a Cristo, então todas as nossas outras escolhas deverão ser feitas dentro dos parâmetros  iniciais da nossa Escolha Maior, a de seguir os preceitos divinos! E já diz o poema "Ou isto ou Aquilo" de Cecília Meireles: 

" Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,

ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,

quem fica no chão não sobe nos ares. "
(...)


(Rebecka Rabêlo,25/10/10)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

"Quando vejo os céus, obras dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparastes, que é o homem mortal para que te lembres dele; o filho do homem para que o visites?Contudo, pouco menor do que Deus o fizeste e , de glória e honra o coroaste."(Sl.8:3-5)

Como é bom parar e ficar contemplando as obras da Criação...a vastidão dos céus, as constelações infindas, a imensidão do oceano, o bailar das aves e borboletas, insetos de todas as cores e tamanhos...cachoeiras fantásticas, o verde da vegetação fechada que ladeia as estradas, cheiros diversos, sabores distintos, cores inebriantes!Que beleza é contemplar as obras do nosso Grande Deus! E mais interessante ainda é contemplar a mim mesmo. Já parou pra observar como é intrigante o funcionamento do nosso corpo?? Mãos,braços,dedos e pernas que movem-se por impulsos que meu proprio cérebro(um mecanismo fantástico, álias..)envia , a voz que nasce dentro de mim e põe-se pra fora externando o que penso, os olhos que trazem pra dentro de mim o mundo que me cerca...que explêndido!!

Deus, o Criador,faz-se notório ao homem através de suas obras...Ele , Majestoso , Grandioso em suas obras, resolve fazer-se conhecido, importa-se com o fato de eu conhecê-lo...! Não apenas isto, mas também faz de mim a obra que coroa toda a criação, faz de mim Homem, humano, ser vivente, alma, espírito... inteligência, capacidade de amar, de conhecer, de ser livre, de escolher. Quanto fascínio deve exercer sobre nós o afinco e destreza com a qual Deus nos criou. Nós, bonequinhos de barro, recebemos do próprio Deus o sopro da vida... Tornamo-nos alma vivente a partir do próprio Deus...bonequinhos de barro que tornam-se imagem e semelhança do seu Criador. Não há palavras que descrevam quanta beleza, quanta profundidade há em pensar sobre isto!

A minha alma, simultaneamente, constrange-se e explode de alegria quando penso na grandeza do nosso Pai Celeste em contraponto com a nossa pequinez, com a fragilidade de nosso ser. E mais ainda, quando percebo que apesar de quem somos, apesar de sermos bem menores que o mar, bem mais fragéis que uma montanha, bem mais indefesos que um leopardo, nao tão belos quanto uma planície mediterrânea na prmavera...ainda assim, somos o que mais importou ao Criador. Foi em nós que Ele plantou a semente do Amor, a capacidade de ter Fé...foi a nós que Ele confiou todo  a Criação, nos dotou da capacidade de organizar, cuidar, preservar ( o que nem sempre temos feito!).Foi a nós que Ele quis salvar, foi por nós que Ele entregou seu Unigênito, é em nós que habita seu Santo Espírito,é conosco que Ele deseja relacionar-se de forma real, integral e por toda a eternidade!!

(Rebecka Rabêlo, 18/10/10)     
  








quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Viva o que Permanece! (Parte 3- O Amor)


Desde todas as épocas, em todos os pensamentos, em todas as civilizações, entendeu-se a sublimidade do amor, e sua grandeza. O apóstolo Paulo não foge à regra , e especialmente como sistematizador da fé cristã propõe então o amor, base e causa do cristianismo, como o maior dos sentimentos,sendo maior que a fé e que  a esperança, pois no amor está contido a fé e a esperança. Paulo então após uma bela dissertação sobre o amor nos doze versículos anteriores, e sobre aquilo que permanece, sentencia que “permanecem a fé, a esperança e o amor, estas três; mas a maior destas é o amor.”  Parece-me que a cada dia nos distanciamos mais do amor genuíno, não priorizamos seu cultivo, esquecemo-nos por vezes da necessidade que temos dele, o trocamos por “lentilhas”, por coisas, por efemeridades, por situações fugazes. É necessário despertarmos, e buscarmos com afinco o amor genuíno, vivenciável e que permanece. Contudo, infelizmente, o amor tem sido extremamente desvalorizado, subestimado e, até mesmo desprezado. No meio do tornado da troca de valores do mundo pós-moderno, o amor tem estado no ‘olho’ deste, e sido açoitado.
O amor impulsionou a atitude sacrificial de Cristo  e doadora do Pai, em prol da salvação da humanidade, a Bíblia é clara ao afirmar que  “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”( Jo. 3.16). Não há como compreender tal atitude divina se não buscarmos conhecer o amor, e deixarmo-nos ser inundados por ele. O advento de um amor que foi capaz de mover Deus, e propiciar-nos posteriormente a oportunidade de sermos alcançados por tal amor de maneira atemporal, imaterial, e eterna não pode passar despercebido. É necessário que cada um de nós empreenda uma busca urgente e eficaz pelo amor genuíno, precisamos cultivar com abundãncia sementes de Amor real na '"roça" do osso coração! 
Precisamos deixar de lado a visão individualista, egoísta, materialista de nosso tempo, e embarcarmos na visão empática, desprendida, humana e perene que o amor proporciona. Não será fácil um retorno ao amor, aliás amar verdadeiramente implica em certa complexidade, e também em certa reconstrução de nossa lógica, pois a lógica do amor é perpassada pela lógica do divino, do eterno. O reverendo Caio Fábio diz em um de seus livros que “Amor não é aquilo que se destina aos melhores. Amor não cresce na medida em que cresce o objeto amado. Ao contrário, quanto maior é o amor, tanto menor é o objeto ao qual ele se dirige. Maior é o amor quanto mais destituídas de virtudes são as pessoas as quais ele se direciona. Maior é o amor, se consegue ser amor para párias, ser amor para as prostitutas, se consegue amar os não amados, se consegue querer os não queridos, se consegue viver com pessoas impossíveis de se conviver.” E é justo esse amor que é proposto dentro do cristianismo, insígnia do Deus ao qual pertencemos, que precisa ser retomado, que precisa tornar-se a bússola norteadora de nossa existência, que caminha para a eternidade. Sem o amor genuíno, somos realmente como “metal que soa sem sentido”, sem o amor nenhum conhecimento ou dom é válido, sem amor o que é vazio, o que é fugaz, o que é inconsistente, toma conta  de nossa vida. 
Que o que é permanente e maior esteja presente em nós, e transforme-nos , que nossos corações sejam "roças" prósperas, que produzam com abundancia a Fé, a Esperança e , excepcionalmente, o  Amor , e que frutifiquemos, e que o nosso fruto permaneça!

(Rebecka Rabêlo,13/10/10)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Viva o que permanece! (Parte 2- A Esperança)


Há trinta anos o médico americano Jerome Groopman trata de pacientes vítimas de câncer. Ao acompanhar de perto a angústia dos doentes e de seus familiares, Groopman tirou uma lição: mesmo nas situações mais graves, é preciso manter a esperança. A convicção do médico não tem nada de esotérico. Ao contrário, baseia-se também em pesquisas que mostram como acreditar na cura, mesmo quando as chances são ínfimas, pode ser de grande valia num tratamento. Groopman, de 52 anos, lançou em 2004 o livro, A Anatomia da Esperança , em que defende seu ponto de vista por meio de relatos de casos, onde a esperança foi peça fundamental na recuperação de pacientes e até mesmo não, necessariamente, na recuperação, mas no viver bem os que foram os últimos dias de alguns deles.
Existe um ditado popular que diz que “A esperança é a última que morre”, com certeza o apóstolo Paulo não conheceu este ditado , porém deixa muito claro em suas palavras que a esperança é uma das coisas que permanece, perdura,"Agora pois, permancem a Fé ,a ESPERANÇA e o Amor..."(1Cor.13:13a).O conceito de esperança está perpassado pelo ato da espera, a experiência do esperar,e isto nem sempre é fácil! Por isso mesmo precisamos cultivar a esperança na "roça" do nosso coração!A vida é recheada por adversidades, e às vezes é tão difícil imaginar que as coisas poderão melhorar...às vezes a dor, o sofrimento, os embates existenciais, as frustrações, parecem que farão sucumbir até o mais forte dos nossos conceitos, farão morrer até o maior dos nosso sonhos, asfixiarão nossa vontade de ser, de existir, de agir. E é exatamente nesses momentos crepusculares que a esperança torna-se o facho de luz que nos permitirá continuar andando. A esperança é dádiva divina, é uma brisa celestial que alivia o ardor da face queimada pelo fogo da frustração, da dor. Deus é sentido quando temos esperança, especialmente a esperança de um dia estarmos ao lado Dele por toda a eternidade. Cristo pregou esperança, levou esperança àqueles que o ouviram, especialmente a esperança que culminar-se-á na eternidade, e é a esperança do eterno que nos faz prosseguir apesar das adversidades do tempo aqui, do agora. A esperança permanece , e nos faz permanecer.[Continua..=)]

(Rebecka Rabêlo,08/10/10)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Viva o que Permanece! (Parte 1- A Fé)

 Vivemos uma época marcada pelo medo, pela desesperança, pelo desamor, há uma desertificação sentimental. Conceitos tais como, fé, esperança, amor são por vezes esquecidos, e consequentemente não cultivados.Além disso,vemos uma lamentável e total troca de valores, nada mais parece ser perene, tampouco absoluto!Parece que adquirimos o hábito de ver tudo como relativo,descartável,  passageiro . Mas então,surge a pergunta que não quer , e não pode calar, " Será que há de fato algo que é permanente? Se há, o que é?" Encontramos estas respostas em I Coríntios 13.13, “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor,estas três;mas a maior destas é o amor.” Vamos então matutar um pouquinho sobre estes trê s  elementos que trazem consigo a semente do que é eterno, do que permanece,e vamos preparar as "roças" dos nossos corações pra cultivar nelas Fé, Esperança e Amor! Hoje vamos pensar um pouquinho sobre Fé.                                                                                                    
A fé, sem dúvida alguma é algo de extrema relevância na nossa caminhada, é a mola propulsora da nossa conversão, do nosso caminhar como cristãos. A fé é o que necessariamente nos fez dá o primeiro passo da nossa jornada. Foi ela que moveu aqueles que tornaram-se os grandes homens,  aqueles cujos nomes estão na “calçada da fé” que se encontra em Hebreus 11, onde, especificamente no versículo 1, a fé é colocada como “o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das que se não vêem.” A fé é o que nos permite vislumbrar belos jardins de lírios (amo!!) onde hoje há pântanos. A fé é nossa reserva de oxigênio que torna-se imprescindível quando estamos bem perto do topo da montanha, pois é lá que o ar torna-se mais rarefeito, e se não fosse a reserva de oxigênio jamais alcançaríamos o cume, embora estivéssemos tão perto. A Fé É nossa luneta, que nos permite gritar “Terra à vista!” quando ainda estamos em  alto-mar, onde as ondas são violentas, o vento é tempestuoso, e a imprevisibilidade é enorme.
É a fé que nos traz a possibilidade de um Deus transcendente,supremo, poderoso, eterno, tornar-se acessível, e mais ainda torna possível que o adoremos de forma real, verdadeira. É a fé que nos faz permanecer em Deus, e faz Deus permanecer em nós.A fé alimenta o nosso espírito em sua busca e encontro com Deus, e é, acima de tudo, o que nos traz a certeza, e a garantia  da eternidade.A fé é o que vai permanecer e sobreviver, mesmo ao silêncio, ao escuro, ao aparente nada, e nos levará à permanência em ser e estar diante de Deus.Vamos então cultivar na "roça" do nosso coração sementes de  Fé![Continua.. =)] 

 (Rebecka Rabêlo, 07/10/09)
                                                                          
                                                                                                                                                      

terça-feira, 5 de outubro de 2010

"Então lhe veio uma voz que dizia: Que fazes aqui , Elias?”(I Rs.19:13b)


"O que fazes aqui??’’ O Grande Deus vem à Elias , na caverna do monte Horebe, e se importa em saber, “Que fazes aqui , Elias?”. A voz calma e suave , que chama à entrada da caverna , tira o profeta do seu esconderijo , e docemente pergunta , em outras palavras, Como vai você?? Aí eu extasio-me imaginando, na brisa, a voz do Nosso Pai Celeste perguntando (E  pronto pra ouvir a resposta..) Ele quis saber do profeta, sobre o profeta,com o profeta.A resposta em sua onisciência Ele já sabia,entretanto a pergunta Dele não foi meramente retórica, tampouco áspera, ou de cobrança...não, Ele só  queria saber como estava o profeta...Ele só queria ouvi-lo... O profeta estava num momento crucial, perseguido, sozinho, sentindo-se injustiçado...ele fala , Deus ouve. 

E de repente na entrada de “nossa caverna” a gente ouve a voz suave chamando... Pq estás ai tão jururu??Como está a facul??E o namoro??E a família??Aquele lance lá ainda está te machucando??...Pois é..Ele está disposto a ouvir-me, a ouvir-nos!! Quanto grito abafado dentro da gente... quanta dor camuflada...quantas idéias perambulando desenfreadas na nossa mente...quanta coisa que ninguém entenderia se falássemos...tantas atribuições, um corre-corre tão grande, o dia precisaria ter umas 26 hrs pra podermos dar conta de tudo, quanto cansaço!!Sem falar naqueles momentos em que tudo nos parece injusto, duro, cruel demais! Tantas perdas com as quais precisamos lidar...tantas lágrimas que lutamos pra não serem vistas...gargalhadas que encobrem soluços...e a solidão absurda, fria, cortante..a gente olha pra todos os lados, vê-se cercado de indivíduos mas completamente sós...não há ninguém...ninguém pra nos ouvir, ninguém pra nos abraçar enquanto choramos, ninguém pra apenas estar perto...ninguém!Então,a gente “emburaca na caverna’’ e fica lá..afinal, ninguém está com tempo mesmo pra conversar, ouvir, e também ninguém entenderia!

Mas então,oxente,o que é isso?? Que voz é essa??O quê??Será?!?!?!Pois ‘né que é mesmo’...Ele quer saber..Ele quer ouvir..!A voz mansa, suave...Vem aqui fora da caverna..tem medo não..Eu só quero saber filhinho, Como vai você??O que tens feito??Onde tens andado?? Como estás??E a propósito, Eu tenho todo o Tempo do mundo pra ouvi-lo, todo o Amor necessário pra entende-lo, Compaixão pra perdoá-lo, e Estou , Estive e Estarei com você! Como vai você??.

(Rebecka Rabêlo, 05/10/2010)